Onde minha mãe acaba
comigo, e eu começo, onde
meu pai, no quarto escuro
se move sobre ela, murmura
e se altera, onde eu, de novo
despido, não esbarro, passo
no corredor estreito, entre
os dois raspando, onde ela para
e ele recomeça, onde eu cresço
onde ela espera o arremesso dele
meu, onde eu, onde ela, onde ele
onde nós, apertados, apartados, curtos
nos cruzamos, com a luz apagada?
Where my mother ends
within me, and I begin, where
my father, in a dark room
moves over her, whispers
and shifts, where I, naked
again, don’t stumble, walk through
the narrow corridor, among
the two grazing, where she stops
and he starts again, where I grow
where she waits for his hurling
mine, where I, where she, where he
where we, crumpled, divided, reduced
meet, with the lights off.
Armando Freitas Filho
translated by Flávia Rocha
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